quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Exaltação do que não é notável

Vejo dentro de você
Um ser que poucos podem perceber
Que se expressa pelo olhar;
Pela maneira de falar;
E sobretudo de sentir;
Este ser está preso há muito tempo
Ele tem medo de revelar sua essência
Medo de provar sua existência
E mostrar o real valor de existir
As lágrimas que caem e molham tua singela face
São a tristeza produzida por este ser
Que não sabe como ou a quem recorrer
Externando através do olhar
Toda revolta de não ser percebido.
É como se quisesse a liberdade;
É como se mostrasse toda veracidade;
Que há nessa galáxia imensa do que vem a ser você
Pobre ser!
Ingênuo e muitas vezes tolo
Vive nas masmorras do teu coração
E não tem a mínima noção da realidade.
Sobretudo não entende a hipocrisia da sociedade
E daqueles que não o deixam existir
Seu tempo de prisão
É o mesmo de observação
Das mascaras que todos sustentam
E que procuram apagar sua presença
Desde um simples sorriso
A uma lágrima do seu triste e amargo viver.

Nenhum comentário:

Postar um comentário